Topografias e morfologias da nova imagem política de um Império ao tempo de Manuel Teles da Silva, Duque de Silva Tarouca (1696-1771)


Resumo

A presente comunicação sintetiza, ainda que de modo muito sumário, as principais linhas condutoras sobre a importância do estudo da imagem para a construção de discursos visuais, numa altura em que, como afirma Carlo Giulio Argan,
em A Europa das Capitais, a arte se pode compreender como "cultura, nada mais do que cultura", se tivermos em conta o seu papel interventivo na organização das cidades europeias do século XVII e XVIII, na difusão de uma ideologia do poder e, simultaneamente, em discursos visuais de "modelos de comportamento", neste caso, quando apresentados nos palcos políticos e sociais das embaixadas e das missões diplomáticas das grandes capitais europeias, publicitando, através do aparato, o poder do Estado que essas mesmas missões representavam.
Esta selecção de gravuras e de pintura privilegia o modo de estruturação dessa identidade e memória visuais e justifica, do meu ponto de vista, a evidente e definitiva associação existente entre a arte barroca e a linguagem retórica das imagens como forma de sustentação também de uma imagem de poder.